terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Historia do Chimarrão







O chimarrão ou mate é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul, um hábito legado pelas culturas quíchua, aymará e guarani. Ainda hoje é hábito fortemente arraigado no Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (principalmente), Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Pantanal) e Rondônia), parte da Bolívia e Chile e em todo o Paraguai, Uruguai e a Argentina.








O chimarrão é montado com erva-mate, geralmente servido quente de uma infusão. Tem gosto que mistura doce e amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 mm), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor verde, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos outros mais encorpados, vendidos a diversos preços.
Um aparato fundamental para o chimarrão é a
cuia, vasilha feita do fruto da cuieira, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher. Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
O outro talher indispensável é a
bomba ou bombilha, um canudo de cerca de 6 a 9 milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento em cuja extremidade inferior há uma pequena peneira do tamanho de uma moeda e na extremidade superior uma piteira semelhante a usada para fumar, muitas vezes executada em bom ouro de lei.




Etiqueta




O chimarrão pode servir como "bebida comunitária", apesar de que alguns aficionados o tomem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. Então assume-se um ar mais cerimonial, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.
A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão.
Há quem diga que isto acaba estabelecendo a
hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz. Enquanto você passa o chimarrão para a próxima bebê-lo, ele vai ficando melhor. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.
Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais
altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, já que o primeiro chimarrão é o pior. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água quente (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente. Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a "cuia roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo. "Os 10 Mandamentos do Chimarrão" é um texto humorístico sobre o chimarrão tomado no sul do Brasil é muito popular na Internet



****************************************************



HISTÓRIA DO CHIMARRÃO



Feito de mate amargo, servido quente e sorvido pela bomba, contido numa cuia ou porongo. Roberto Ave-Lallemant (1812-1884) visitando o Rio Grande do Sul em março de 1858, registra a importância folclórica do mate: “O símbolo da paz, da concórdia, do completo entendimento – o mate! Todos os presentes tomaram o mate. Não se creia, todavia, que cada um tivesse sua bomba e sua cuia própria; nada disso! Assim perderia o mate toda a sua mística significação. Acontece com a cuia de mate como à tabaqueira. Esta anda de nariz em nariz e aquela de boca em boca. Primeiro sorveu um velho capitão. Depois um jovem, um pardo decente – o nome do mulato não se deve escrever; depois eu, depois o “spahi”, depois um mestiço de índio e afinal um português, todos pela ordem. Não há nisso, nenhuma pretensão de precedência, nenhum senhor e criado; é uma espécie de serviço divino, uma piedosa obra cristã, um comunismo moral, uma fraternidade verdadeiramente nobre, espiritualizada! Todos os homens se tornam irmãos, todos tomam o mate em comum!” (Viagem pelo Sul do Brasil, 1.º, 191. Rio de Janeiro, 1953). Do Paraná a impressão é a mesma. Do espanhol cimarrón, chucro, bruto, bárbaro, vocábulo empregado em quase toda a América Latina, do México ao Prata, designando os animais domesticados que se tornaram selvagens. “E assim esta palavra foi também empregada pelos colonizadores do Prata, para designar aquela rude e amarga bebida dos nativos, tomada sem nenhum outro ingrediente que lhe suavizasse o gosto”. (Elucidário Crioulo, de Antonio Carlos Machado in História do Chimarrão, de Barbosa Lessa, 57). Outra versão: Marron em português, além de outros significados, quer dizer clandestino, e cimarrón, em castelhano, tem idêntico significado. Ora, sabe-se que o comércio de mate e o preparo da erva foram em tempos passados proibidos no Paraguai, o que não impedia, entretanto, que clandestinamente continuasse em largo uso naquela então colônia espanhola. (Vocabulário Sul-Rio-Grandense, Luís Carlos de Morais, 72, in História do Chimarrão, de Barbosa Lessa, 57).Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A.

















quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Trajes e Vestimentos







Os indígenas estavam espalhados no Rio Grande do Sul, dividindo-se em grupos. Os Guaranis se localizavam a noroeste da cidade de Porto Alegre. Eles eram agricultores, usavam o porongo por cuia, o fogo de chão e as redes para dormir. O agrupamento de várias tribos Guaranis, tornou difícil para os jesuítas integrar a moral aos seus hábitos. A nudez era contestada pela moralidade e a promiscuidade entre as mulheres indígenas e os homens brancos, favorecia a prostituição, por isto, os jesuítas se preocuparam em vesti-los. Supõe-se que o chiripá tenha sido a primeira peça usada. Outra peça foi o Tipoy que é uma camisa formada de dois panos costurados nos lados e com aberturas para os braços e cabeça, às vezes, tinham um cordão na cintura. O frio do pampa Rio-grandense obrigou os índios a se vestirem melhor. Usavam mantas chamadas de Caipi. Esta manta era geralmente de pele de animais. Em 1816 os índios usavam bicuis (peitoral indígena), junto com a tanga. Nesta mesma data apareceu o ponche bichará. Mais tarde os índios, vivendo com os ibéricos, começaram a se vestir de uma maneira Européia. A nova cultura ensinou o índio a tecer os fios e confeccionar camisas e calçados. Com a chegada dos tropeiros, que vestiam roupas desconhecidas, aos poucos eles foram imitando. Usavam roupas adequadas à lida campeira. Os peões usavam colete e uma ceroula larga e longa até debaixo dos joelhos, de algodão. As mulheres indígenas usavam os seios nus e cobriam suas cinturas com um chiripá. Andavam geralmente de pés descalços. Mais tarde começaram a usar uma camisa de algodão com um xale nas costas, que elas próprias teciam e tingiam com raízes de plantas. Por volta de 1730 iniciou-se no RS a distribuição de sesmarias, de gado e de terras, chamadas de estância. Os peões gaúchos tornavam-se agressivos e ai apareciam os escravos negros.Em 1752 sua indumentária era muito simples. Os açorianos trouxeram o chapéu de abas largas, os chinelos, as bragas, os tamancos e as botas. As mulheres se vestiam com mantilhas, véus, fichus, mantas, espartilhos, cintos, meias, sapatos e um jaleco. Estas vestimentas eram elegantes e a vida simples do RS e as lidas campeiras, não pertenciam usar este tipo de roupa para o trabalho. A roupa, portanto, tornou-se simples, os pés foram calçados com tamancos e na cabeça, chapéus de palha. Em 1807, o Rio Grande do Sul foi promovido à Capitania Geral e os pecuaristas foram enriquecendo. O gado foi introduzido no estado e o gaúcho começou a lidar com ele. Para isto, começou a usar um avental de couro cru (tirador), pois fazia muita força nas lidas com o gado. Usava uma camisa, uma jaqueta sem mangas, um par de ceroulas com franjas compridas e às vezes um par de calças por cima. Na cabeça um lenço amarrado, um chapéu e quando frio um ponche. Nos pés botas de garrão de potro que podiam ser abertas com os dedos de fora e esporas de ferro, amarradas com cintos de couro cru. No chapéu ou na cintura traziam uma bolsa de couro, onde colocavam fumo. Usavam botas também presas aos joelhos e outros usavam meias com os pés descalços, com espora amarrada direto nos calcanhares.Todos usavam chapéu alto, de forma cônica, de feltro e uma faca afiada na cinta. Os estancieiros usavam roupas de origem Européia : botas de garrão, esporas com rosetas pontiagudas (nazarenas), ceroulas longas com crivos nas extremidades e sobre estas, calças de veludo justas nas coxas indo até logo abaixo dos joelhos. Usavam uma faixa na cintura que podia ser vermelha, preta ou azul. A camisa de linho, seda ou algodão, com rendas e um colete ou jaqueta tipo um casaco reto que termina na cintura. Em 1810 o ponche de algodão passou a ter cores vivas e franjas multicores. As damas usavam uma mantilha,(um quadrado de seda, enfeitada com rendas), que era presa na cabeça caindo sobre os ombros. Usavam meias e sapatos de cores vistosas. As mulheres mais pobres usavam um casaco comprido, feito de casimira e as escravas, uma bata simples e sempre descalças. No início do século XIX os Rio-grandenses começaram a misturar o chiripá (origem missioneira), com as ceroulas de algodão e botas (origem européia). Usava as ceroulas por dentro das botas de garrão e também o chiripá. As boleadeiras eram feitas de pedra (origem indígena), agora eram forradas com couro. O chapéu se tornou mais presente entre os gaudérios que agora podiam comprá-lo. A faca, a guaiaca, o lenço, o pala, o chimarrão, o laço e o cavalo sempre foram fundamentais para o gaúcho.A mulher campeira vestia-se com simplicidade. Usava uma saia comprida e rodada com uma blusa.









A VESTIMENTA GAÚCHA DE 1730 ATÉ 1820




ESTANCIEIRO


- Meias e ceroulas de crivos ou de rendas
- Botas de garrão
- Esporas de prata
- Gibão de veludo
- Colete de seda ou algodão
- Camisa de linho
- Na cintura, um cinturão sobre a faixa, com uma pistola
- Na mão o chicote
- Na cabeça o lenço e o chapéu de feltro com barbicacho de seda
- No ombro o pala de seda ou lã de vicunha




PEÃO
- Pés descalços ou botas de garrão abertas na frente amarradas nos joelhos
- Esporas
- Ceroulas por dentro das botas
- Chiripá
- Cinturão de couro sobre a faixa de tecido
- Boleadeiras e pistola presa na cintura
- Faca nas costas
- Camisa branca de algodão
- Colete e ponche bichará
- Chapéu de palha ou de feltro




ESTANCIEIRA
- Sapatos e meias de seda
- Anágua e corpete
- Vestido de seda ou algodão
- Leque e lenço na mão
- Jóias
- Xale
- Na cabeça
- fita e flores


MULHER CAMPEIRA
- Saia rodada
- Camisa longa até os joelhos de algodão
- Pés descalços



A VESTIMENTA GAÚCHA DE 1820 ATÉ 1865

ESTANCIEIRO
- Botas russilhonas
- Esporas de prata
- Calças por dentro das botas
- Faixa na cintura com enfeites de moedas
- Camisa de algodão ou seda branca com rendas
- Gravata de seda - Colete de seda ou algodão
- Gibão de veludo ou lã com botões de prata
- Chapéu de copa alta
- Nas costas - faca
- Na mão - chicote PEÃO
- Botas fortes ou de garrão
- Esporas de ferro ou prata
- Ceroulas de franja
- Chiripá tipo fralda
- Faixa na cintura
- Camisa branca
- Colete de algodão ou seda
- Gibão e lenço no pescoço
- Ponche
- Chapéu, tirador e laço



ESTANCIEIRA
- Vestido longo de seda ou veludo
- Broche e brincos
- Cabelos presos com travessa ou flores
- Leque na mão
- Mantilha sob os ombros


MULHER CAMPEIRA
- Blusa de manga em rendas
- Saia longa e rodada com babados ou pregas
- Casaquinho cortado na cintura
- Travessa ou flores no cabelo
- Meia e botinas curtas nos pés



VESTIMENTA DO GAÚCHO DE 1865 ATÉ 1950









O GAÚCHO DA CIDADE




- Camisa branca
- Terno completo: calça, colete e paletó
- Gravata de nó ou borboleta
- Chapéu de feltro
- Sapatos
- Relógio no bolso do colete


O GAÚCHO FAZENDEIRO
- Bombachas
- Botas fortes
- Esporas de prata
- Colete
- Camisa e lenço
- Na cintura - uma faixa e a guaiaca
- Chapéu
- Pala


A GAÚCHA DA CIDADE
- Vestido de seda
- Fichu de rendas
- Leque
- Sombrinha
- Broche e brincos
- Nos pés
- botinas ou sapatos fechados


A GAÚCHA FAZENDEIRA
- Saia e blusa ou vestido PEÃO
- Bombachas com favos de abelha
- Alpargatas ou botas fortes
- Esporas de ferro
- Chapéu ou boina
- Camisa branca, listrada ou xadrez
- Guaiaca, faixa e ponche
- Lenço no pescoço




VESTIMENTA DO GAÚCHO DE 1950 ATÉ OS NOSSOS DIAS
PEÃO
- Bombacha
- Alpargatas ou botas fortes
- Esporas de ferro
- Chapéu
- Camisa
- Guaica e ponche
- Lenço no pescoço








PRENDA
- Vestido com saia rodada e babados
- Fichu em rendas ou crochê preso pelo broche
- Meias brancas
- Bombachinhas
- Sapatos pretos
- Xale de lã, renda ou crochê A Lei nº 8.813 de 10 de janeiro de 1989 oficializou o uso da pilcha gaúcha como traje oficial do gaúcho, representando a imagem que exalta o Homem que usa a bombacha e a Mulher que usa o vestido de Prenda. O gaúcho de hoje e sempre é um homem simples e hospitaleiro. É o brasileiro Rio-grandense do sul que conhece o seu Estado e honra a sua tradição. Respeita os símbolos de sua terra, a pilcha, o churrasco e o chimarrão. Representa muito bem o Rio Grande do Sul e sabe o que é ser GAÚCHO TCHÊ!






Costume

História da Cidade Uruguaiana


Poucas cidades no Estado devem seu surgimento aos farroupilhas quanto Uruguaiana. Numa época em que a ocupação da região não passava de algumas fazendas espalhadas pelas grandes extensões de terra, coube ao farroupilha e ministro da Fazenda do governo de Bento Gonçalves, Domingos José de Almeida, a idéia de fundar um povoado estratégico na fronteira com a Argentina.
Ao examinar o local para a instalação do novo povoado, Domingos José de Almeida escreveu, em 1841: "Oferece uma excelente posição militar que para o futuro poderá fazer grande peso na balança política e comercial com nossos vizinhos." Nascido em Diamantina, Minas Gerais, em 1797, Almeida migrou para o Estado ainda jovem, com 22 anos de idade, para conduzir tropas de mula a serem vendidas no centro do país.
Encantado com a terra e a gente do Sul, o mineiro resolveu se instalar na cidade de Pelotas, onde logo abriu um escritório destinado à venda de charque para o centro do país e para o Exterior. Poucos anos depois, tornou-se proprietário de uma pequena charqueada às margens do rio São Gonçalo, o que fez dele um dos cidadãos mais prósperos de Pelotas nessa atividade.
O professor Vanderlei Rodrigues comenta que um dos traços mais característicos de Almeida era sua convicção liberal. "Almeida acompanhava todos os movimentos de cunho liberalista que ocorriam no Brasil", explica o professor. Em 1822, tirou dinheiro do próprio bolso e custeou uma manifestação pública em Pelotas para comemorar a Independência do Brasil.
Além de liberal, Almeida era homem preocupado com a escolaridade da população. Enquanto deputado na Assembléia Provincial, em Pelotas, lançou a campanha de alfabetização da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O então deputado inconformava-se com o fato de o Paraguai contar com 408 escolas públicas e a província local não ter nenhuma.




Link Fotos da Cidade:





LinK Pagina do Gaucho:






Bandeira Uruguaiana







Brasão de Uruguaiana




Historia da Cidade Canela




O nome “Canela” foi dado pelo fato de que uma caneleira, localizada no centro da cidade, fazia sombra e era o lugar de descanso dos tropeiros. Foi o Coronel João Corrêa Ferreira da Silva que desbravou a região, iniciando a construção de uma estrada de ferro em 1913, a qual ligava Canela a Taquara. Como a cidade era, na verdade, uma grande floresta de pinheiros, a extração de madeira se tornou uma atividade bastante viável. Em 28 de dezembro de 1944, foi criado o município de Canela através da Lei Estadual nº 717

Historia da Cidade Gramado

O caminho de tropeiros que subiam para ir aos campos de uma da serra foi o início formativo de Granado ainda no século passado.
O município de Gramado foi fundado em janeiro de 1913. Dizem que o nome do lugar surgiu devido à existência de grandes regiões gramadas na área, que serviam como descanso na jornada dos tropeiros.
É uma cidade cheia de parques e lagos e no verão, as hortênsias dominam a paisagem. Todos se divertem com réplicas de construções alemãs, ferrovias e na aldeia do Papai Noel.

Historia da Cidade Caxias do Sul


Antes da presença dos imigrantes italianos, a região onde hoje é Caxias do Sul era habitada por índios Caingangues, fato pelo qual a região ficou conhecida como Campo dos Bugres. Na segunda metade do século XIX, em virtude das condições econômicas ruins vividas pela Itália na época e do incentivo por parte do governo imperial, ocorreu uma significativa imigração de italianos para a região a partir do ano de 1875. Aos poucos, as primeiras colônias, formadas majoritariamente por agricultores, foram desenvolvendo. Três anos após a chegada dos primeiros imigrantes, a região já possuía 3.849 habitantes. Caxias do Sul foi elevada à categoria de cidade em 1 de junho de 1910.

Historias das Cidade Porto Alegre




A cidade de Porto Alegre foi fundada pela criação da Freguesia de São Francisco do Porto, em 26 de março de 1772.

Em 24 de Julho de 1773, Porto Alegre passou então a ser a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo.
Teve sua origem em 1732. A maior parte concentrada dos marcos históricos da capital está localizada no centro de Porto Alegre.

No centro é o lugar onde as denominações originais das principais ruas e praças se mantêm intactas, graças ao uso popular.
É no centro da cidade que está “A Paineira”, assim denominada e aceita por todos os habitantes em uma cidade em que há milhares de paineiras, que é o ponto de referência da Rua 7 de setembro.

È uma cidade bastante habitada, chegando a ter uma população total de 1.416.735.

Oração - Negrinho Pastoreio





Eu quero achar-me, Negrinho!

(Diz que você acha tudo)

Ando tão longe, perdido...

Eu quero achar-me, Negrinho:

A luz da vela me mostre

O caminho do meu amor

Negrinho, você que achou

Pela mão da sua madrinha

Os trinta tordilhos negros

E varou a noite toda

De vela acesa na mão

(Piava a coruja rouca

No arrepio da escuridão

Manhãzinha,

a estrela d'alvaNa voz do galo cantava

Mas quando a vela pingava

Cada pingo era um clarão)

Negrinho, você que achou

Me leve à estrada batida

Que vai dar no coração

(Ah! os caminhos da vidaNinguém sabe onde é que estão!)

Lenda - Negrinho do Pastoreiro





Esta é a mais polular e a unica lenda genuinamente gaúcha.


Era um tempo de escravidão e menino negrinho, pretinho que nem carvão. Era escravo de uma fazendeiro muito rico, mas por demais avarento. Se alguém necessitasse de um favor, não se podia contar com este homem. Seu coração era uma morada de pedra, não nutria qualquer sentimento por ninguém, ao não ser pelo seu filho, um menino tão malvado quanto o pai. Eles dois era extremamente perversos e maltratavam o menino escravo. Este jovenzinho não tinha nome, porque ninguém se deu sequer o trabalho de pensar algum para ele, assim era conhecido como "negrinho".

A este não deram padrinhos nem nome; por isso o Negrinho se dizia afilhado da Virgem, Senhora Nossa que é a madrinha de quem não a tem. Todas as madrugadas o negrinho galopeava o parelheiro baio; depois conduzia os avios do chimarrão e à tarde sofria os maus-tratos do menino, que o judiava e se ria.
Um dia, depois de muitas negaças, o estancieiro atou carreira com um seu vizinho. Este queria que a parada fosse para os pobres; o outro que não, que não!, que a parada devia ser do dono cavalo que ganhasse. E trataram: o tiro era trinta quadras, a parada, mil onças de ouro. No dia aprazado, na cancha da carreira havia gente como em festa de santo grande. Entre os dois parelheiros a gauchada não sabia decidir, tão perfeito era e bem lançado cada um dos animais. Do baio era a fama que quando corria, corria tanto, que o vento assobiava-lhe nas crinas; tanto, que só se ouvia o barulho mas não lhe viam as patas bateram no chão... E do mouro era voz que quanto mais cancha, mais agüente, e que desde a largada ele ia ser como um laço que se arrebenta. As parcerias abriram as guaiacas, e aí no mais já se apostavam aperos contra rebanhos e redomões contra lenços. - Pelo baio! Luz e doble!... - Pelo mouro! Doble e luz!... Os corredores fizeram as suas partidas à vontade e depois as obrigadas; e quando foi na última, fizeram ambos a sua senha e se convidaram. E amagando o corpo, de rebenque no ar, largaram, os parelheiros meneando cascos, que parecia uma tormenta... - Empate! Empate!, gritavam os aficionados ao longo da cancha por onde passava a parelha veloz, compassada como numa colhera.

- Valha-me a Virgem Madrinha, Nossa Senhora!, gemia o Negrinho. Se o sete léguas perde, o meu senhor me mata! Hip-hip-hip!...

E baixava o rebenque, cobrindo a marca do baio. - Se o corta-vento ganhar é só para os pobres!... retrucava o outro corredor. Hip-hip! E cerrava as esporas no mouro. Mas os fletes corriam, compassados como numa colhera. Quando foi na última quadra, o mouro vinha arrematado e o baio vinha aos tirões... mas sempre juntos, sempre emparelhados. E a duas braças da raia, quase em cima do laço, o baio assentou de sopetão, pôs-se um pé e fez uma cara-volta, de modo que deu ao mouro tempo mais que preciso para passar, ganhando de luz aberta!

E o Negrinho, de um pêlo, agarrou-se como um ginetaço.

- Foi mau jogo!, gritava o estancieiro. - Mau jogo!, secundavam os outros da sua parceria.

A gauchada estava dividida no julgamento da carreira; mais de uma torena coçou o punho da adaga, mais de um desapresilhou a pistola, mais de um virou as esporas para o peito do pé... Mas o juiz, que era um velho do tempo da guerra de Sepé-Tiarayú, era um juiz macanudo, que já tinha visto muito mundo. Abanando a cabeça branca sentenciou, para todos ouvirem. - Foi na lei! A carreira é de parada morta; perdeu o cavalo baio, ganhou o cavalo mouro. Quem perdeu, que pague. Eu perdi cem gateadas; quem as ganhou venha buscá-las. Foi na lei! Não havia o que alegar. Despeitado e furioso o estancieiro pagou a parada, à vista de todos atirando as mil onças de ouro sobre o poncho do seu contrário, estendido no chão. E foi um alegrão por aqueles pagos, porque logo o ganhador mandou distribuir tambeiros e leiteiras, covados de baeta e baguais e deu o resto, de mota, ao pobrerio. Depois as carreiras seguiram com os changueiritos que havia. O estancieiro retirou-se para a sua casa e veio pensando, pensando, calado, em todo o caminho. A cara dele vinha lisa, mas o coração vinha corcoveando como touro de banhado laçado a emia espalda... O trompaço das mil onças tinha-lhe arrebentado a alma. E conforme apeou-se, da mesma vereda mandou amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho. Na madrugada saiu com ele e quando chegou no alto da coxilha falou assim: - Trinta quadras tinha a cancha da carreira que tu perdeste: trinta dias ficará aqui pastoreando a minha tropilha de trinta tordilhos negros... “O baio fica de piquete na soga e tu ficarás de estaca!” O Negrinho começou a chorar, enquanto os cavalos iam pasteando. Veio o sol, veio o vento, veio a chuva, veio a noite. O negrinho, varado de fome e já sem forças nas mãos, enleiou a soga num pulso e deitou-se a um cupim. Vieram então as corujas e fizeram roda, voando, paradas no ar e todas olhavam-no com os olhos reluzentes, amarelos na escuridão. E uma piou e todas piaram, como rindo-se dele, paradas no ar, sem barulho nas asas. O Negrinho tremia, de medo... porém de repente pensou na sua madrinha Nossa Senhora e sossegou e dormiu. E dormiu. Era já tarde da noite, iam passando as estrelas; o Cruzeiro apareceu, subiu e passou, passaram as Três Marias; a Estrela d’alva subiu... Então vieram os guaraxains ladrões e farejaram o Negrinho e cortaram a guasca da soga. O baio sentiu-se solto, rufou a galope, e toda a tropilha com ele, escaramuçando no escuro e desguaritando-se nas canhadas. O tropel acordou o Negrinho; os guaraxains fugiram, dando berros de escárnio. Os galos estavam cantando, mas nem o céu nem as barras do dia se enxergava: era a cerração que tapava tudo. E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou. O menino maleva foi lá e veio dizer ao pai que os cavalos não estavam. O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho. E quando era já noite fechada ordenou-lhe que fosse campear o perdido. Rengueando, chorando e gemendo, o Negrinho pensou na sua madrinha Nossa Senhora e foi ao oratório da casa, tomou o cotoco de vela aceso em frente da imagem e saiu para o campo. Por coxilhas, canhadas, nas becas dos lagões, nos paradeiros e nas restingas, por onde o Negrinho ia passando, a vela benta ia pingando cera no chão; e de cada pingo nascia uma nova luz, e já eram tantas que clareavam tudo. O gado ficou deitado, os touros não escarvaram a terra e as manadas chucras não dispararam... Quando os galos estavam cantando, como na véspera, os cavalos relincharam todos juntos. O Negrinho montou no baio e tocou por diante a tropilha, até a coxilha que o seu senhor lhe marcara. E assim o Negrinho achou o pastoreio. E se riu... Gemendo, gemendo, gemendo, o Negrinho deitou-se encostado ao cupim e no mesmo instante apagaram-se as luzes todas; e sonhando com a virgem, sua madrinha, o Negrinho dormiu. E não apareceram nem as corujas agoureiras nem os guaraxains ladrões; porém pior do que os bichos maus, ao clarear o dia veio o menino, filho do estancieiro e enxotou os cavalos, que se dispersaram, disparando campo fora, retouçando e desguaritando-se nas canhadas. O tropel acordou o Negrinho e o menino maleva foi dizer ao seu pai que os cavalos não estavam lá... E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou... O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho... dar-lhe até ele não mais chorar nem bulir, com as carnes recortadas, o sangue vivo escorrendo do corpo... O Negrinho chamou pela Virgem sua madrinha e Senhora Nossa, deu um suspiro triste, que chorou no ar como uma música, e pareceu que morreu... E como já era noite e para não gastar a enxada em fazer uma cova, o estancieiro mandou atirar o corpo do Negrinho na panela de um formigueiro, que era para as formigas devorarem-lhe a carne e o sangue e os ossos... E assanhou bem as formigas; e quando elas raivosas, cobriram todo o corpo do Negrinho e começaram a trincá-lo, é que ele então se foi embora sem olhar para trás. Nessa noite o estancieiro sonhou que ele era, ele mesmo, mil vezes e que tinha mil filhos negrinhos, mil cavalos baios e mil vezes mil onças de ouro... e que tudo isto cabia folgado dentro de um formigueiro pequeno...

Caiu a serenada silenciosa e molhou os pastos, as asas dos pássaros e a casca das frutas. Passou a noite de Deus e veio a manhã e o Sol encoberto. E três dias houve cerração forte, e três noites o estancieiro teve o mesmo sonho. A peonada bateu campo, porém ninguém achou a tropilha e nem o rastro. Então o senhor foi ao formigueiro, para ver o que restava do corpo do escravo. Qual não foi o seu grande espanto, quando, chegado perto, viu na boca do formigueiro o Negrinho de pé, com a pele lisa, perfeita, sacudindo de si as formigas que o cobriam ainda!... O Negrinho, de pé, e ali ao lado, o cavalo baio, e ali junto a tropilha dos trinta tordilhos... e fazendo-lhe frente, de guarda ao mesquinho, o estancieiro viu a madrinha dos que não a tem, viu a Virgem, Nossa Senhora, tão serena, pousada na terra, mas mostrando o céu... Quando tal viu, o senhor caiu de joelhos diante do escravo. E o Negrinho, sarado e risinho, pulando de em pêlo e sem rédeas no baio, chupou o beiço e tocou a tropilha a galope. E assim o Negrinho pela última vez achou o pastoreio. E não chorou, nem riu. Correu no vizindário a nova do fadário e da triste morte do Negrinho devorado na panela do formigueiro. Porém logo, de perto e de longe, de todos os rumos do vento, começaram a vir notícias de um caso que parecia milagre novo... E era, que os pastoreios e os andantes, os que dormiam sob palhas dos ranchos e os que dormiam na cama das macegas, os chasques que cortavam por atalhos e os tropeiros que vinham pelas estradas, mascates e carreteiros, todos davam notícia - da mesma hora - de ter visto passar, como levada em pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, gineteando de em pêlo, em um cavalo baio! Então, muitos acenderam velas e rezaram o Padre-Nosso pela alma do judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse, pela noite velha o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua madrinha, a Virgem, Nossa Senhora, que o remiu e salvou e dera-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver. Todos os anos, durante três dias, o Negrinho desaparece: está metido em algum formigueiro grande, fazendo visitas às formigas, suas amigas; a sua tropilha esparrama-se; e um aqui, outro por lá, os seus cavalos retouçam nas manadas das estâncias. Mas ao nascer do sol do terceiro dia, o baio relincha perto do sei ginete; o Negrinho monta-o e vai fazer a sua recolhida; é quando nas estâncias acontece a disparada das cavalhadas e a gente olha, olha, e não vê ninguém, nem na ponta, nem na culatra.

Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado e risonho, cruza os campos, corta os macegais, bandeia as restingas, desponta os banhados, vara os arroios, sobe as coxilhas e desce às canhadas. O Negrinho anda sempre à procura dos objetos perdidos, pondo-os de jeito a serem achados pelos donos, quando estes acendem um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da Virgem, Nossa Senhora, madrinha dos que a não tem. Quem perder suas prendas no campo, guarde uma esperança; junto de algum moirão ou sob as ramas das árvores, acenda uma vela para o Negrinho do pastoreio e vá lhe dizendo:

- Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi!...

Se ele não achar... ninguém mais.

Guerra Farrapos



A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845).
O estopim para esta rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).

Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região.

Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa ( no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de António Neto) obtiveram outras vitórias.

Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini.

Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense.

Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva para comandar as tropas que deveriam os farroupilhas.

Apos três anos de batalha e várias derrotas, os "Farrapos" tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias. Com isso, em 1845, a rebelião foi finalizada.

Historia Gaucha

Mapa e Cidades



Links das cidades:





















Cidades:

Hino Rio Grandense

LETRA Francisco Pinto da Fontoura(vulgo Chiquinho da Vovó)

MÚSICA Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha

HARMONIZAÇÃO Antônio Corte Real

Como a aurora precursorado farol da divindade,
foi o Vinte de Setembroo precursor da liberdade.
Estribilho
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livres
er forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.
Estribilho
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

1º Etapa

Blog em construção....
Em breve, você poderá conferir diversas tradições gauchas...
Aguarde !!!